sábado, 8 de maio de 2010

Robert Polidori (fotógrafo)

Robert Polidori não se interessa em registrar conflitos, como fazem os fotojornalistas, e sim as marcas deixadas por tragédias e desastres da história contemporânea. A maior parte de suas imagens exibe ambientes vazios, revirados ou parcialmente destruídos, que foram abandonados depois de um choque violento. Ele retrata também as consequências da pobreza, moradias e paisagens urbanas em diferentes partes do globo.

Em imagens de grandes dimensões, o artista mostra como o mundo devastado pode ser belo, sem, no entanto, deixar de causar um profundo mal-estar. Sua visão crítica da sociedade atual dificulta julgamentos históricos baseados em ideologias políticas, pois, em seu trabalho, diferentes tragédias ganham feições semelhantes: as ruinas de Beirute se parecem com as de Havana, as de Chernobyl com as de Nova Orleans.
Polidori conta que seu trabalho ganhou força nos anos 1980, quando optou pelo uso de câmeras de grande formato, aliado ao emprego da perspectiva renascentista e ao uso cuidadoso da luz natural, possibilitando gravar uma impressionante riqueza de detalhes. Ao afirmar o vínculo da fotografia com as aparências do mundo, sua obra caminha numa direção opostas às vertentes contemporâneas que investem na distorção das formas, na encenação ou na criação de imagens artificiais a partir de tecnologias digitais. No vasto e diversificado cenário da produção fotográfica atual, Robert Polidori se alinha aos artistas que insistem em borrar fronteiras entre a arte e a documentação, demonstrando que a discussão, em pauta desde a invenção da fotografia no século XIX, está longe de ser esgotada.
Polidori registra há anos, e de modo sistemático, imagens de acontecimentos violentos, catastróficos ou simplesmente de locais abandonados e em transformação pela ação ou omissão humana. Suas imagens são belas, de grande impacto e composição deslumbrante, com raro equilíbrio e impressionante riqueza de detalhes.
Francês, de origem corsa, Robert Polidori vive e trabalha em Nova York há muitos anos. Sua obra tem reconhecimento mundial, participou de grandes eventos de arte contemporânea no mundo e foi publicada em diversas revistas e livros de arte, além de integrar inúmeras coleções públicas e privadas a nível internacional.


FONTE: ESPAÇO CULTURAS CONTEMPORÂNEO - ECCO

http://www.eccobrasilia.com.br/

Um comentário:

  1. Esse cara arrebenta, né não?!!
    Nossa essas fotos são boas de mais da conta!!! XD

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